quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Biblioteca 2.0

              Tradicionalmente, as bibliotecas e particularmente as bibliotecas escolares têm como principal missão contribuir para a melhoria da qualidade das aprendizagens e do sucesso educativo dos nossos alunos. A questão que se coloca é: o que fazer para alcançar esses objetivos?
            As mudanças que estão a ocorrer ao nível das TIC e os seus reflexos nos hábitos e padrões de leitura e acesso à informação, permitem aumentar a eficácia dos serviços e melhorar a aprendizagem dos alunos.
            Com a aplicação das ferramentas da Web 2.0 as escolas e em particular as bibliotecas, tendem a fazer dos utilizadores participantes ativos na construção do conhecimento. Mais do que uma tecnologia, a Web 2.0 pode ser definida como uma nova atitude e uma nova forma de as pessoas se relacionarem com a Internet.
            Tendo em conta as definições de Merlo Veja (2007), citado por Cassia Cordeiro Furtado em Bibliotecas Escolares e Web 2.0, serão poucas, a meu ver, as bibliotecas que usam as tecnologias de forma interativa. Não esqueçamos que a maioria dos professores e dos profissionais de biblioteca são migrantes digitais e ainda não estão plenamente adaptados às novas tecnologias. Gómez Hernandez (2008), citado também por Cassia Cordeiro Furtado, defende que é necessário repensar a formação inicial dos bibliotecários e dos professores, para além da necessidade de uma formação permanente. Este é, na minha opinião, o fator central em torno das BE. Pela realidade vivida na minha escola, acrescentaria ainda outros profissionais, como as Assistentes Operacionais, ligadas à BE, e os próprios elementos da direção e administração da escola. Só assim remaríamos todos para o mesmo lado e no mesmo sentido. De resto, de pouco nos serve a formação quando não nos é possível aplicá-la na prática, porque ela não é entendida e se prefere o modelo tradicional de uma biblioteca passiva, porque é essa e só essa que conhecem.
            Também é verdade que a Web 2.0 não garante, por si só, o êxito de uma biblioteca ou dos seus intervenientes. É necessário uma atitude inovadora e motivadora por parte do professor bibliotecário e de todos os utilizadores. O professor bibliotecário deve ter uma atitude colaborativa com os restantes professores, como forma de facilitar e orientar o processo de aprendizagem como base nos novos recursos.
            O professor bibliotecário deve, assim, ser:
            - Gestor de recursos materiais e humanos, gestor da informação e gestor dos
            espaços e equipamentos;
            - Promotor de hábitos e/ou competências de leitura, da literacia e da informação;
            - Parceiro que colabora, coopera e articula com os demais agentes educativos
            com vista ao sucesso educativo;
            - Avaliador de serviços. (RBE).
            Como conclusão diria que precisamos de ter a convicção de que as tecnologias emergentes da Web 2.0 estão ao nosso alcance e como tal não as podemos ignorar. Os nossos alunos, nativos digitais, sentir-se-ão melhor inseridos na escola se a biblioteca e a sala de aula lhes proporcionarem acesso a recursos e a ferramentas mais condicentes com a atualidade.

Principais Referências Bibliográficas:

FURTADO, Cassia Cordeiro – Bibliotecas escolares e web 2.0 : revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. Porto Alegre : Em Questão, 2009. 135-150 p.
MANESS, Jack M. – Teoria da biblioteca 2.0: web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas. Colorado : MLS, University of Colorado at Boulder Libraries, 2007.43-51 p.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Há vida na Biblioteca

 Este vídeo mostra um conjunto de atividades desenvolvidas na minha biblioteca. É evidente a sua missão como espaço ao serviço da leitura e do currículo, com o objetivo de melhoria das aprendizagens dos alunos.